Lafepe, DNDI e Copa do Nordeste no combate ao Mal de Chagas

Único laboratório público no mundo a produzir o Benznidazol – medicamento usado no tratamento do Mal de Chagas –, o Lafepe se integra à campanha que a Drugs for Neglected Diseases Initiative (DNDi) promove durante a Copa Nordeste. A cada gol marcado nos jogos do campeonato, organizadores e parceiros farão uma doação para a DNDi investir em pesquisas sobre a doença de Chagas que, no Brasil, afeta mais de 1,2 milhão de pessoas, sendo bastante comum na região Nordeste.

Em entrevista à equipe do canal Esporte Interativo, o diretor comercial do Lafepe, o farmacêutico Djalma Dantas, destacou a importância do Benznidazol no tratamento da doença de Chagas. O medicamento é apontado por profissionais da área de saúde como muito eficaz.

“Temos matéria-prima suficiente para produzir 2 milhões e 400 mil comprimidos de Benznidazol, num período de dois anos”, disse Djalma. Ele ressaltou, ainda, que o medicamento é fornecido exclusivamente para o Ministério da Saúde e instituições humanitárias internacionais responsáveis pela distribuição junto à população.

A reportagem com dados da produção do Benznidazol irá ao ar na programação do canal Esporte Interativo, ao longo da Copa Nordeste. “Para a DNDi é uma oportunidade única a parceria com um campeonato que tem audiência não só regional como também nacional, com a qual podemos compartilhar nossa causa em prol dos pacientes negligenciados”, celebrou o diretor executivo da DNDi América Latina, Joel Keravec.

Ele lembra que, na Copa do Nordeste, 20 clubes estão em campo para lutar pela taça e marcar gols contra o Mal de Chagas. “A doença é uma das enfermidades mais negligenciadas do mundo. Milhões de pacientes seguem ignorados e muitos morrem por falta de acesso ao tratamento”, lembrou a diretora médica da DNDi, Carolina Batista.

Causado pelo parasita Trypanosoma cruzi, o Mal de Chagas tem a fase inicial aguda, com duração de cerca de dois meses. A fase crônica e tardia, dura por toda a vida, na qual até 30% dos pacientes sofrem danos ao coração com risco de morte e até 10% sofrem danos severos ao sistema digestivo.

No mundo, a doença de Chagas infecta cerca de 6 milhões de pessoas, sendo a maioria na América Latina, onde é endêmica em 21 países. Crescem também os casos diagnosticados da doença na América do Norte, Europa, Japão e Austrália. O parasita de Chagas pode ser transmitido pela picada do barbeiro infectado, transfusões de sangue, de mãe para filho ou de forma oral. O diagnóstico, na fase aguda, é feito por meio de um exame de sangue e o tratamento é gratuito na rede pública de saúde.

Com dados da DNDi

    

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